Tomei um tópico extra para contar o que aconteceu no momento de acertar as contas.
Todos felizes, o barulho parou. A Juliana (recepcionista não muito sorridente) me estendeu um papel com aquela relação de peças (os "extras" que apareceram de surpresa). Inglório na busca pelas peças que eu havia prometido repor (sem obrigação legal, diga-se de passagem) propus o pagamento delas, desde que abatida a margem de lucro do estabelecimento sobre a venda de peças (que em outra ocasião Marcus me disse ser 30% mas agora me afirmava ser 20%) e a multa.
A proposta foi aceita. Perguntei se a oficina abateria também o valor do farol quebrado (desconsiderei o parachoque e a polaina, pois instalei um novo por minha conta).
Como eu já havia comrpado também o farol para reposição, apresentei as notas fiscais comprovantes da importação. (total de 340 Reais)
Roberto foi ao fundo da loja telefonar para Marucs (que estava ausente) e retornou dizendo que não aceitava, e que a oficina iria importar o farol. (Acharam alto o valor das notas que apresentei).
Aceitei, porém sugeri então que eu pagasse 340 Reais a MENOS até que o farol fosse reposto, valor que eu pagaria no recebimento.
A proposta não poderia ser sido recebida com maior rejeição
Roberto, com evidente alteração emocional, repetia com certo transtorno "dá licença... tô me fu***ndo aqui, dando o r**o pra todo mundo, querendo adiantar o seu lado e você vem me falar uma coisa dessa? Você não confia em mim?"
Fechou a porta da oficina (prendendo meu carro no interior) e disse "Quando chegar o seu farol você busca seu carro" Andava nervoso para o fundo da oficina, dava as costas, erguia os braços e falava com voz baixa palavras inaudíveis.
Juliana ficou me olhando impávida. Ainda que contrariado eu disse à ela: "Juliana, pode cobrar o valor total que o Roberto está chorando, e eu não aguento ver um homem crescido chorando."
Marcus chegou em seguida, perdendo por alguns segundos o espetáculo. Explicitei a ele minha surpresa ao ver a lamentável reação de um de seus funcionários mais importantes (seguramente a segunda pessoa mais importante na oficina, após o Marcus).
Marcus reforçou a posição de que a oficina havia me confiado no passado o valor das peças (aquelas, que não foram consideradas no orçamento) e que eu não estava sendo recíproco ao requerer a garantia.
E assim, com essa promessa de me trazerem o farol, deixei, talvez pela última vez, a oficina. EDIÇÃO em 31 de março de 2016: Até hoje nada do farol....
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